Vaquinha para alpinista que socorreu brasileira na Indonésia é retomada sem cobrança de taxa

Por Estadão Conteúdo 30/06/2025 - 22:05
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Vaquinha para alpinista que socorreu brasileira na Indonésia é retomada sem cobrança de taxa

A vaquinha promovida pela plataforma Voaa para o alpinista asiático Agam, que resgatou o corpo da brasileira Juliana Marins no monte Rinjani, na Indonésia, foi retomada, e ele vai receber todo o dinheiro arrecadado, sem a cobrança de taxas. A decisão foi anunciada no fim da tarde desta segunda-feira, 30.

Na semana passada, a plataforma, ligada ao perfil no Instagram 'Razões para Acreditar', que compartilha histórias e promove vaquinhas para ajudar pessoas, lançou a arrecadação para ajudar Agam.

A iniciativa repercutiu e o valor arrecadado ultrapassou R$ 500 mil, mas muitos internautas reclamaram do valor da taxa cobrada pelos organizadores da vaquinha: 20% sobre o total arrecadado. Dos R$ 500 mil, portanto, o asiático só receberia R$ 400 mil.

Diante das críticas, no domingo, 29, os organizadores anunciaram o cancelamento da vaquinha, com devolução integral e automática das doações realizadas. Até aquele momento haviam sido arrecadados R$ 520 mil.

"Pedimos desculpas a todos que possam ter se sentido desconfortáveis, enganados ou desrespeitados", escreveu, em nota, a equipe organizadora da vaquinha.

Nesta segunda-feira, porém, Vicente Carvalho, sócio-fundador do "Razões para Acreditar" e da Voaa, publicou vídeo em que narra a mudança de planos. Ele afirma que, após o anúncio do cancelamento, "muitos de vocês afirmaram o desejo e a importância desse valor (da vaquinha) chegar até ele. E vocês têm toda razão. Por isso a gente decidiu transferir pro Agam 100% do valor arrecadado, sem desconto de taxa".

Segundo Carvalho, o procedimento legal para entregar o dinheiro ao alpinista já foi iniciado. Mas, mesmo com o cancelamento da taxa, quem ainda assim quiser cancelar a doação realizada deve enviar e-mail para [email protected], no prazo de até 48 horas iniciados na tarde desta segunda-feira, e o dinheiro será devolvido.

O sócio-fundador da plataforma afirmou ainda que, diante das críticas, a política de cobrança de taxas está sendo revista.


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